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Por: João Victor Rodrigues
Quase uma semana após o episódio de racismo contra o cantor Seu Jorge e a banda que o acompanhava, em show em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a polícia deve ouvir, nesta quinta-feira (20), o presidente do espaço, Paulo José Kolberg.
Segundo a delegada Andrea Mattos, titular da Delegacia de Combate à Intolerância da Polícia Civil do estado, Kolberg vai relatar o que viu, durante o show do cantor Seu Jorge, na última sexta-feira (14), onde estavam cerca de 900 pessoas. Após encerrar o show, Seu Jorge e a banda dele teriam sido alvos de vaias e ofensas raciais.
O clube tem até a próxima sexta para encaminhar imagens do circuito de segurança do local, à polícia. Na internet, circulam vídeos de pessoas que estavam no evento. E é possível ouvir vaias e gritos de “macaco” e outras manifestações racistas. Três dias após o ocorrido, o cantor Seu Jorge, de 52 anos, publicou um vídeo, nas redes sociais, relatando a situação.
A delegada Andrea Mattos também explicou que foi solicitado ao cantor que preste um depoimento à polícia, sobre o ocorrido. Segundo ela, as imagens serão analisadas para identificar os autores. Para a titular da Delegacia de Combate à Intolerância, embora o caso precise ser mais apurado, o episódio é de racismo, e não de injúria racial.
De acordo com a delegada Andrea Mattos, se os possíveis agressores forem identificados, devem ser indiciados e o caso segue para o Ministério Público, que arquiva o caso ou oferece denúncia contra os envolvidos.
Caso a denúncia seja acatada pelo MP, a pena varia de um a três anos de cadeia e pode haver relaxamento.