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Por: João Victor Rodrigues
O julgamento dos policiais que participaram do Massacre do Carandiru deve ficar para o ano que vem. É que o desembargador Edison Brandão pediu vista do processo, alegando que não teve acesso pleno aos autos.
Esteve em análise nesta terça-feira o recurso da defesa dos policiais condenados por participarem no Massacre.
Os outros desembargadores, Camilo Lellis e o relator Roberto Porto concordaram com o adiamento após o pedido de vista.
Na audiência desta terça, a previsão era que os desembargadores analisassem a dosimetria das penas dos policiais que foram condenados em júri popular, e decidissem quando eles começariam a cumprir as penas.
Essa audiência no Tribunal de Justiça de São Paulo ocorreu após a confirmação da condenação e reconhecimento do trânsito em julgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, no último dia 17. Isto significa que não cabem mais recursos sobre a condenação dos policiais.
O massacre do Carandiru aconteceu em 1992, quando 111 presos foram mortos no presídio do Carandiru após ação de policiais para reprimir uma rebelião. Em 2001, o então comandante da operação, o Coronel Ubiratan, foi condenado a 632 anos de prisão, mas a sentença foi revertida e anulada em 2006.
Os outros 73 policiais foram julgados entre 2013 e 2014 e todos foram condenados. Mas em 2016, a 4a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça anulou as penas e solicitou um novo júri. Posteriormente, o Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação dos policiais, decisão que foi confirmada em agosto desse ano pelo ministro do STF Luis Roberto Barroso.