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Fundação Santa Cabrini: Caminhos para a Reinserção Social

A Fundação Santa Cabrini (FSC), vinculada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, tem se destacado na ressocialização de pessoas privadas de liberdade. Criada em 1962, a instituição promove iniciativas que combinam oportunidades de trabalho, qualificação profissional e reintegração social, como enfatizou seu presidente, Clécius de Souza.
“Quando o egresso deixa o sistema, os primeiros 90 dias são cruciais para que ele não volte. O Estado coíbe o crime, mas também garante o direito de reintegração à sociedade por meio da empregabilidade da mão de obra”, destacou Clécius.
Ele também observou que o custo médio por pessoa no sistema prisional é de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil. Quando o detento trabalha, reduz custos, é remunerado e tem a pena diminuída.
“O trabalho remunerado possibilita a reintegração à sociedade e ao mercado de trabalho, com apoio psicossocial para a pessoa e seus familiares, o que é fundamental para alcançar quase 100% de aproveitamento”, acrescentou.
O deputado estadual Danniel Librelon ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos egressos para se colocarem no mercado de trabalho. Isto porque eles ficam marcados, por isso precisa de ajuda na reintegração.
“O Rio de Janeiro, infelizmente, tem sido associado à violência. Nosso papel é representar todos os fluminenses, desenvolvendo políticas públicas que ajudem essas pessoas a se reintegrarem”, afirmou.
O subsecretário de Tratamento Penitenciário, Lúcio Flávio, também enfatizou a importância da reintegração social.
“As pessoas custodiadas pelo Estado, em média, passam três anos no sistema prisional. Ao saírem, precisam de acolhimento, qualificação profissional e encaminhamento ao mercado de trabalho, especialmente com o apoio dos municípios, onde elas irão se reinserir”.
Clécius destacou que a Fundação atende os 92 municípios do estado, com ações mais concentradas em locais com unidades prisionais, mas ampliando sua atuação para cidades como Campos, Cabo Frio, Maricá, São Gonçalo e, em breve, Itaperuna e Resende. O objetivo é descentralizar os serviços e expandir sua abrangência.

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