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Por: João Victor Rodrigues
Após o massacre policial que deixou pelo menos 25 pessoas mortas na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O ministro Edson Fachin se reuniu com o procurador de justiça do Rio, Luciano de Oliveira, nesta terça e disse ver com muita preocupação as operações policiais que têm grandes índices de letalidade.
Fachin é relator de uma ação no Supremo, a chamada ADPF das Favelas. No julgamento, a Corte determinou que o governo do Rio elabore o plano de redução da letalidade policial nessas operações. Além disso, a decisão prevê ainda que seja criado um observatório judicial da polícia cidadã e que sejam priorizadas a investigação das operações com mortes de crianças e adolescentes e a obrigatoriedade de ambulâncias onde houver confronto armado.
Entre os 25 mortos do massacre da Vila Cruzeiro, estão a moradora de uma comunidade vizinha, atingida por um tiro, dentro de casa, e um adolescente, que já chegou sem vida a uma Unidade de Pronto Atendimento do Complexo do Alemão.
Até o fechamento desta reportagem, quatro vítimas que ficaram feridas estavam internadas no hospital Getúlio Vargas no Rio, uma delas em estado grave.
A Ouvidoria e o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, da Defensoria Pública do Estado, acompanham os desdobramentos da operação das forças de segurança.
O ouvidor Guilherme Pimentel esteve no local, acompanhado de integrantes do núcleo, apurando os relados dos moradores. E informou que já foi enviado ofício para o comando do Batalhão de Operações Especiais, da PM, solicitando informações sobre as justificativas para a ação policial na comunidade.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 13 escolas da região da Vila Cruzeiro continuam fechadas por causa da insegurança no local. Já as unidades de saúde funcionam normalmente.