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Por: João Victor Rodrigues
Depois de duas semanas de negociações, os quase 200 países participantes chegaram a um acordo inédito: a criação de um fundo para perdas e danos. É uma compensação financeira para países que já sofrem com os efeitos de eventos climáticos extremos. Como elevação do nível do mar, ciclones e inundações.
O tema incluído pela primeira vez em uma cúpula do clima era defendido principalmente por países africanos e pequenas ilhas, mas durante anos, foi evitado por nações ricas que temiam os custos e assumir a responsabilidade pelos danos. O presidente da COP27, “Sami Chucri” ( Sameh Shokry ) comemorou o fato da conquista ter sido em uma COP no continente africano.
No entanto, decisões práticas sobre o fundo ficaram pro ano que vem. Por exemplo, quais países vão receber a verba e quem vai contribuir.
O acordo final reafirma o compromisso de tentar limitar o aquecimento do planeta a um grau e meia com relação aos níveis pré-industriais. Ponto em que os cientistas dizem que os efeitos das mudanças climáticas seriam ainda piores, fala em uma crise de energia global sem precedentes e que é preciso acelerar a transição para energias renováveis nessa década.
Mas foi alvo de críticas por não avançar na linguagem sobre o carvão, mais uma vez a palavra “eliminar” ficou de fora, e a decisão pede que países apenas reduzam o uso aos poucos. O vice-presidente da União Europeia disse que o acordo não é um passo à frente e não traz esforços suficientes dos grandes para aumentar e acelerar cortes de emissões. Frans Timmermans afirmou que ainda há um abismo entre a ciência e as políticas climáticas. E o secretário executivo da ONU para mudanças climáticas, Simon Stiell lembrou que é preciso agir rápido.
A COP 28 será em novembro do ano que vem em Dubai, nos Emirados Árabes.