Após viralizarem nas redes sociais, as armas que disparam bolinhas de gel passaram a ser comercializadas em grande escala no Brasil. No início de dezembro, casos de crianças feridas pelo brinquedo foram registrados na região, o que acendeu um alerta sobre os riscos do produto.
O promotor de Infância e Juventude, Vinícius Ribeiro, destacou que os pais podem ser conduzidos até uma delegacia e responsabilizados, pois o brinquedo se assemelha a uma arma real. Além disso, lojistas podem ser penalizados pela venda irregular do produto.
“O próprio fato de o lojista estar adquirindo sem saber da origem pode implicar responsabilidade criminal, como contrabando ou descaminho, dependendo da situação. Se não está regulamentado, não pode ser comercializado, principalmente para crianças e adolescentes”, alertou o promotor.
Dr. Vinícius destacou a importância da conscientização e elogiou a cobertura da FM 107 sobre o tema, como uma medida para evitar problemas tanto para vendedores quanto para quem portar o simulacro.
“É importante que o comerciante saiba disso. Não podemos culpabilizar as pessoas sem antes informá-las. Fica o alerta: a venda para crianças e adolescentes é inimaginável e pode gerar problemas para os lojistas.”
O promotor também sugeriu que os municípios adotem medidas para proibir a comercialização do brinquedo, garantindo a integridade física dos jovens.
“O município pode sair na frente e regulamentar essa questão em seu território. Caso o produto não tenha origem ou permissão para venda, será considerado irregular e o estoque poderá ser apreendido”, advertiu o Dr. Vinícius Ribeiro.
O alerta reforça a importância da supervisão dos pais e da conscientização sobre os perigos desse tipo de brinquedo. Embora pareça inofensivo, ele pode causar acidentes e trazer implicações legais.
Outra preocupação é o uso do simulacro em abordagens policiais, o que pode representar riscos ainda maiores devido à semelhança com armas reais.