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Por: André Luiz

O valor da produção agrícola brasileira atingiu o recorde de R$ 743,3 bilhões em 2021. O crescimento, de acordo com o IBGE, foi de 58,6% na comparação com o ano anterior. No entanto, após dois anos de alta, a safra de grãos teve ligeira queda de 0,4% na mesma comparação.

O bom resultado financeiro se deve principalmente ao câmbio. Com o dólar alto, o preço das commodities agrícolas também se manteve em patamares elevados, sustentados ainda pela alta demanda externa e interna e pela inflação dos combustíveis. Desta forma, mesmo as culturas que tiveram queda na produção, tiveram aumentos nos valores obtidos. O milho, por exemplo, com retração de 14,8% na safra, teve aumento de mais de 60% nos ganhos. O mesmo ocorreu com o café, com a produção recuando 19,2%, a segunda consecutiva, e o valor obtido crescendo quase 28%. Já o nosso principal produto, a soja, cresceu 10,8% em produção e mais que dobrou em cifras, totalizando R$ 341,7 bilhões.

O pesquisador do IBGE, Winicius de Lima Wagner, acrescenta que mais de 86 milhões de toneladas de soja foram exportadas, mantendo o grão como o 2º principal produto externo brasileiro.

Em termos regionais, o estado do Mato Grosso continuou ocupando a liderança em valor, com R$ 151,7 bilhões, 91,5% a mais do que em 2020. Isso equivale a uma participação de mais de 20% no desempenho total do país. Mas houve mudanças no ranking, entre elas, o Rio Grande do Sul. O estado se recuperou de problemas climáticos, e saiu da 5 para 2 posição, após mais do que triplicar o valor obtido com a sua produção de soja.

Entre os municípios, o líder em valor de produção agrícola, pelo terceiro ano consecutivo, foi Sorriso, no Mato Grosso, que alcançou R$ 10 bilhões, uma alta de 86,4%.

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