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Por: João Victor Rodrigues
Cerca de 63 milhões e 200 mil brasileiros estavam endividados até o mês passado. O número foi divulgado nesta segunda-feira e equivale a mais de 39% da população adulta do país. Esse é o maior índice registrado pela série histórica do levantamento, que é feito há oito anos pela CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil – Serviço de Proteção ao Crédito.
A quantidade de inadimplentes cresceu quase um 1% entre os meses de junho e julho e atingiu uma quantidade 8,7% maior em relação a igual período do ano passado. O crescimento se deu principalmente nas dívidas com prazos entre 90 dias a 1 ano a serem pagas, o que significa maior dificuldade para esse devedor continuar consumindo nos próximos meses.
Segundo a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, apesar de vários índices melhorando na economia, existem outros fatores que devem pesar nos juros e manter o cenário de inadimplência nos próximos meses.
Quarenta e cinco por cento dos devedores se concentra na faixa entre 30 a 39 anos, faixa etária em que as pessoas têm mais gastos com filhos e ainda estão construindo o próprio patrimônio.
Em média, o brasileiro deve cerca 3 mil e 600 reais. E 60% dessas dívidas são com instituições bancárias. A especialista em finanças explica que essa tendência não é positiva para devedores nem para os bancos.
Enquanto as dívidas com os bancos cresceram cerca de um terço no período de um ano, seguidos de dívidas de água e luz, as comunicações e o comércio foram os setores que tiveram queda no total de dívidas atrasadas.