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Por: João Victor Rodrigues
A inflação acelerou para todas as faixas de renda em fevereiro. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou, nesta quarta-feira, dados do indicador Ipea de inflação por faixa de renda.
No mês avaliado, as famílias de renda alta registraram a maior aceleração inflacionária, passando de 0,34% em janeiro para 1,07% em fevereiro. Já o segmento que apresentou a menor taxa foi o das famílias com renda média-baixa: 0,93%.
Em comparação com o mesmo período de 2021, as demais classes apresentaram aceleração da inflação agora, exceto as faixas de renda média e média-alta, que apontaram estabilidade.
O aumento nos preços do grupo “alimentos e bebidas” foi o principal responsável pela pressão inflacionária no bolso da parcela da população com renda domiciliar abaixo de R$ 1.808,00. Entre os itens que mais pesaram estão o feijão, que ficou 9,4% mais caro; o repolho, com reajuste de quase 26%; e a cenoura, cujos preços explodiram em mais de 55,4%.
Já para as famílias de renda mais alta, os aumentos mais significativos foram da gasolina, de 32,6%, do etanol, de 36,2%, e transporte por aplicativo, 27,7%.
Além desses, a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, responsável pela pesquisa, também aponta outros reajustes que pesaram para este segmento, que está na faixa acima dos R$ 17.764,00 de renda.
Na outra ponta, a maior pressão inflacionária, nos últimos 12 meses, para as famílias de renda mais baixa veio dos reajustes de 28,1% das tarifas de energia elétrica e de 27,6% do gás de botijão.